Coleção Adélia – Livros em mãos!

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Saudações!

Há um tempo aqui no blog, eu fiz uma postagem sobre a maravilhosa Coleção Adélia. Mas na época, infelizmente, eu nunca tinha visto os livros pessoalmente, apesar de achar a iniciativa tão fantástica.

Pois o raiar de 2017 trouxe uma linda surpresa! A designer de coração gigante Wanda Gomes viu a postagem no blog e me agraciou com o lindo presente de Natal de receber aqui em casa dois dos livros, Adélia Esquecida e Adélia Sonhadora! \o/ \o/ \o/

Assim, para agradecer ainda mais esse belo presente, faço nova postagem contando mais sobre a coleção, podendo ilustrar o texto agora com fotos tiradas por mim 😀

E digo logo: os livros são realmente lindos!

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Leitura 4 – Crime e Castigo

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O último livro que conclui foi o famoso Crime e Castigo de Fiódor Dostoiévski – um dos inegáveis clássicos da literatura mundial e minha primeira leitura realmente válida de Dostoiévski (li anteriormente O Jogador, que não me agradou muito, mas isso já faz uns bons anos, então talvez hoje eu tivesse uma opinião diferente, quem sabe).

A história segue os passos do jovem  Rodion Romanovitch Raskólnikov (o nome dos personagens neste livro – e aparentemente em todos de Dostoiévski – é uma atração à parte) que comete um assassinato e depois se vê às voltas com as consequências desse ato, do ponto de vista social, externo (como a investigação pela polícia), e principalmente do ponto de vista psicológico, culminando no tal “castigo” do título.

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A seguir, elenco algumas impressões, que podem trazer revelações da história. Mas já deixo aqui registrada minha incisiva recomendação de leitura deste clássico que de fato merece ser assim tratado; não desista nas primeiras (difíceis) páginas e logo você estará “engolindo” o livro, coisa que só acontece com aqueles realmente bem escritos.

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Entre Segredos e Almas

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Novos capítulos de Entre Segredos e Almas publicados no Wattpad.

Mais sobre o livro:

“Liz é uma adolescente com uma rotina corrida, cheia de responsabilidades… e culpa?
Sua vida parece uma sucessão de dias iguais até seu caminho cruzar com o de Johann, caminhos estes que até então seguiam direções completamente distintas, apesar de os dois estudarem na mesma turma do colégio.
Liz tem certeza de que Johann possui um segredo que vai além do seu comportamento distante e aparentemente frio, além de suas constantes faltas e sumiços das aulas, além de sua seriedade penetrante…
E a ideia fixa que se forma em sua cabeça de que ela mesma possa estar, de uma forma sobrenatural, ligada a tal segredo faz a menina decidir que descobrirá a qualquer custo o que o garoto esconde. Nem que acabe cometendo umas loucuras pelo caminho.
Mas nada nesse caminho prepara Liz para o que ela irá descobrir. E para como a descoberta afetará sua própria vida.”

Não deixe de conferir!

 

Precisando de uma revisão ou tradução? Solicite já um orçamento!

CINE 5 – Guerra Civil

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Apesar de infelizmente ainda não ter conseguido assistir a Homem-formiga (grande falta para uma fã assumida de crossovers e para alguém que não tinha perdido um filme da Marvel até então), fui conferir Capitão América 3: Guerra Civil.

E que filme!

Guerra Civil

 

Só não digo que valeu cada centavo do ingresso porque faz tempo que cinema não vale os “centavos” que são cobrados, especialmente considerando que ainda somos praticamente obrigados a consumir a inutilidade do 3D para poder assistir com o áudio original.

Sei que o filme tem suas falhas (como absolutamente tudo na vida), mas vários foram os pontos que me fizeram sair da sala de cinema plenamente satisfeita.

A partir daqui haverá alguns spoilers.

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CINE 4 – Oscar 2016 (comentários)

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Olá,

Não pretendo aqui discorrer muito sobre os prêmios em si, sobre os indicados e ganhadores, sobre os filmes e seus diretores, pois outros blogs e sites já fizeram isso com muito mais propriedade e qualidade do que eu faria. Mas sinto “necessidade” de tecer alguns comentários a respeito de momentos da noite de 28.02 (e madrugada do dia 29).

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Desde que comecei a assistir o Oscar nos últimos domingos de fevereiro, partindo lá do já longínquo 2004, mais ou menos, esta foi, que eu me lembre, a edição mais constrangedora de todas as que vi.

O Oscar tem sempre aquele quê de ilusão, de falsidade, de armação, de apresentar os filmes que fizeram melhor campanha publicitária e de marketing, talvez, de escolher os filmes que romperam padrões, mas só até certo limite… Bem, ainda assim, sempre gostei e gosto de acompanhar a cerimônia, acho divertida, tem falas bem escritas e engraçadas, encontros inusitados e legais, toda vez acabo sendo apresentada a algum filme que não conhecia ainda, me atento sempre para o In Memoriam, e sempre rola uma surpresa, boa ou ruim.

Mas este ano… O Oscar estava cercado por aquela onda de protestos sobre a falta de indicação de pessoas negras (não entrarei nessa querela hoje), mas ele precisava manter o seu ar divertido e de que “não somos tão ruins assim”. E então entra Chris Rock (de quem gosto, aliás) fazendo uma série de piadas com um assunto que não é engraçado, colocando suas críticas por trás dessas piadas, e todo mundo na plateia rindo constrangido, sem achar graça, mas rindo porque não sabia bem o que fazer.

Mais tarde chega o ator Sacha Baron Cohen como Ali G e começa a soltar suas críticas/piadas. Não gosto do estilo de comédia dele, mas tudo bem, deixa pra lá. O ponto é que ele teoricamente deveria apresentar o filme O Quarto de Jack, mas o que ele diz está totalmente desconecto. “Blá, blá, blá… apresentador negro, minions… blá, blá… Ah! E vejam o clipe de um filme aí.” Passa o clipe e a câmera foca numa Brie Larson toda decepcionada.

Isso só para citar dois momentos de vários. Lamentável, sinceramente.

A TNT, por onde assisti, escolheu manter o mais absoluto silêncio sobre o assunto.

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LEITURA 3 – Susan E Hinton

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Alguém devia contar o lado deles da história, talvez assim as pessoas compreendessem melhor aqueles garotos e não julgassem tão rapidamente…

Demorei um pouco a decidir se faria um post a respeito da premiada autora americana Susan E Hinton, ou se faria posts individuais para cada um dos livros que li dela. Farei ambos no fim das contas, pois sua obra é tão sensacional que merece repetidas referências.

Susan Eloise Hinton – minha escritora preferida – nasceu em 1948 em Tulsa, Oklahoma, e escreveu seu primeiro livro, The Outsiders, com 17 anos, sendo este lançado em 1967. Foi um fenômeno na época não só pela idade da autora, mas pela forma realista com a qual Susan retratou os adolescentes no livro: cansada de ver as brigas entre os diferentes grupos sociais de sua escola, a garota decidiu que tinha algumas coisas a dizer a respeito.

E assim foi através de toda sua obra infantojuvenil. Susan trata de forma direta, sem papas na língua, mas ao mesmo de um jeito profundo e sensível, dos dramas, problemas, dificuldades, anseios, sonhos, desesperanças de jovens e adolescentes majoritariamente de vizinhanças excluídas de Oklahoma, trazendo, além de temas como amizade, crescimento, liberdade, pressão social, procura de sentido na vida e de seu lugar no mundo, também pobreza, indiferença e abandono paterno/materno, drogas, violência, brigas de gangues, guerra.

O que acontece com as crianças que crescem em meio a tudo isso? Que pensam os adolescentes que tem essa como sua única realidade? Você acha mesmo que seriam todos iguais, sem idiossincrasias, sem reações, opiniões e planos de vida próprios? Que todos seriam simplesmente marginais, moleques? Que não teriam uma vida inteira dentro deles, só precisando de uma oportunidade para frutificar? Os que fizeram escolhas erradas e que realmente saíram totalmente do caminho não teriam sido levados a isso? Não teriam tido uma vida diferente, caso as oportunidades tivessem sido dadas? Não teriam feito escolhas diversas, caso alguém tivesse chegado em algum momento, no momento certo, e tivesse dito que eles podiam, que eles conseguiam? Não há semelhanças indissociáveis entres os garotos e garotas dos bairros pobres e aqueles dos bairros ricos? Não estariam eles todos passando por problemas, alguns completamente diferentes – mas problemas, ainda assim – mas outros tão, tão semelhantes? Não seria possível dar a mesma importância a ambos os grupos? A juventude, morando onde quer que seja, não merece importância e atenção?

A obra de Susan E Hinton é uma obra contra o preconceito, e é por isso que sou apaixonada por ela.

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CINE3 – A Vida Secreta das Palavras

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Este filme de 2005, escrito e dirigido pela catalã Isabel Coixet, está na minha lista dos 10 Mais desde que o descobri por acaso por volta de 2008/2009. Desde então, não perdi uma oportunidade de revê-lo, e ainda que faça já algum tempo desde a última vez, uma vontade surgiu de apresentá-lo como sugestão cinematográfica. Nada mais distante do clima de Carnaval. (hahaha)

avidasecretadaspalavrasGanhadora de vários prêmios mundo afora, a história acompanha a jovem Hanna, que depois de entrar em férias forçadas de seu emprego banal numa fábrica — pois fazia anos desde a última vez —, logo consegue novo trabalho em uma plataforma petrolífera, cuidando de um homem severamente ferido após um incêndio no lugar. Isolada na plataforma, Hanna vai aos poucos se conectando com os homens que trabalham no lugar, e especialmente com “seu paciente”, Josef.

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O resumo oficial não dá conta de todas as camadas de drama que encontramos neste filme. Hanna, interpretada pela canadense Sarah Polley (também personagem principal de outro filme de Isabel Coixet, Minha Vida sem Mim, que igualmente vale a pena ser conferido), tem um passado extremamente traumático, que justifica o fato de ela, na verdade, não possuir uma vida fora do trabalho (razão também de ter se oferecido de imediato para trabalhar na plataforma em meio às férias). Josef (papel do querido Tim Robbins, dos excelentes Um Sonho de Liberdade e Sobre Meninos e Lobos, ainda mais querido neste filme), por baixo de seu ar leve e constantes brincadeiras a querer descongelar o frio distanciamento de Hanna e o fato de ele estar temporariamente cego e preso a uma cama, traz uma dor que tem mais a ver com o incêndio — que causou uma morte importante — do que apenas a parte física.

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Leitura 2 – Uraboku

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Uraboku é a abreviação de Uragiri wa Boku no Namae o Shitteiru, que significa algo como A Traição Conhece o meu Nome. É um mangá de autoria de Odagiri Hotaru, que foi lançado em 2005 e que atualmente se encontra no capítulo 55, pela revista Asuka. Em edições completas, a obra está no volume 11. O mangá passou por um período grande de hiato, tendo voltado a aparecer na Asuka recentemente. Nada mais adequado para um primeiro post depois de tanto tempo afastada por causa dos estudos.

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Infelizmente, não há edição nacional desta produção japonesa, apesar de a edição americana, pela Yen Press, poder ser obtida (importada) através da Livraria Cultura. Para quem é adepto dos scanlators, há algumas opções: Manga Fox e Sky of Snow.

O mangá pode ser classificado como shonen-ai (há quem diga que não), o que significa que contém romances homossexuais majoritariamente platônicos. Estilo que divide opiniões, é tratado aqui de forma muito profunda e sensível pela autora, o que afasta este mangá da maior parte dos clichês do gênero.

A temática do mangá é sobrenatural, tratando, no pano de fundo da história, de uma batalha milenar entre humanos e demônios. Além disso, o enredo usa da temática da reencarnação (não ligada a qualquer religião) para contar sobre os dramas mais intensos de seus personagens.

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Pois, apesar de trazer cenas de batalhas e guerras, dois são os pontos principais que fazem deste um mangá muito especial e que vale a pena ser conferido: a tragédia vivida por praticamente todos os personagens da série e um suspense extremamente bem trabalhado.

Longe de pieguices ou “sofrências”, os personagens vivem problemáticas sérias, complexas e dolorosas, que ajudam em muito o desenvolvimento da empatia do leitor tanto pelos personagens quanto pela história. Muito dessas problemáticas, no entanto, vai sendo “entregue” ao leitor aos poucos, em doses perfeitamente medidas, sem entregar demais, mas entregando o suficiente para deixar o leitor ansioso por descobrir os segredos que se escondem nas entrelinhas dos diálogos e confrontos.

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Social1 – Coleção Adélia

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O post de hoje será curto, mas em compensação traz algo muito especial:

A Coleção Adélia é uma série de três livros – Adélia Cozinheira, Adélia Esquecida e Adélia Sonhadora – que visa à criança com deficiência visual (total ou parcial) e tem todo um projeto de design elaborado pensando nisso. Um dos pontos mais sensacionais é que os livros trazem, juntas, a escrita alfabética e em braile; um exemplo valoroso de inclusão social, uma vez que, desta forma, o livro passa a ser destinado a todos!

AdéliaAlém do texto em braile, o projeto gráfico também inclui uma combinação de cores particular, com tons contrastantes e vibrantes, texturas, relevos e até mesmo aromas! Tudo isso querendo fazer da leitura uma experiência o mais sinergética possível, não deixando a obrigação somente para os olhos.

As histórias e idealização são da autora infantil e infantojuvenil Lia Zatz, as ilustrações são da artista plástica Luise Weiss e o design gráfico é da designer Wanda Gomes (que idealizou a impressão em Braille.BR – que não deixa baixo relevo na parte de trás da página nem “destrói” o papel). A Coleção Adélia é publicada pela Editora WG Produto e tem apoio do Ministério da Cultura (Lei Roaunet) e da IBM Brasil.

Adélia 2O primeiro livro da coleção, Adélia Cozinheira, publicado em 2010, recebeu o Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica de Melhor Livro Infantojuvenil.

Não tive a oportunidade conferir as obras pessoalmente, cuidarei de procurar, e aí vem mais um ponto a favor da coleção: além de vendidos em livrarias, os livros também foram doados a instituições e bibliotecas públicas!

Uma salva de palmas vigorosíssima para todos os envolvidos!

Para mais informações: http://www.wgproduto.com.br/.

Música1 – Espelho Retrovisor

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Esta semana foi o Dia do Rock – segunda-feira, 13/07 –, então, com um pouco de atraso, hoje temos um post sobre música!

O tema é o projeto Espelho Retrovisor – Um tributo aos Engenheiros do Hawaii, com produção e curadoria de Anderson Fonseca e idealização e divulgação a cargo do site Scream & Yell (Marcelo Costa). Foi lançado no final do ano passado para celebrar os 30 anos de existência do Engenheiros (comemorados em janeiro deste ano, na verdade) e consiste em uma coletânea de 21 músicas revisitadas e retrabalhadas por diversos artistas (ver mais abaixo).

Sem participação no projeto, Humberto Gessinger (que lançou também CD e DVD solo este ano – Insular ao vivo), pareceu aprovar: “em entrevista ao jornal Zero Hora, Gessinger revelou a sua reação ao ouvir o disco pela primeira vez: ‘Me emocionei muito. Mais do que algum arranjo especial, meu destaque vai para a diversidade geográfica e estilística das releituras’” (fonte: Diário de Pernambuco).

O belo projeto gráfico é de autoria de Luis Saguar e Melissa Mattos:

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Gosto muito do Engenheiros do Hawaii, apesar de que estaria sendo injusta se dissesse que chego a ser uma fã de carteirinha. Não importa! As músicas do trio são sensacionais, respiram e transpiram poesia, então um tributo desses, com participação de tanta gente boa, e de tantos estilos diferentes, é algo muito bem-vindo na cena musical brasileira. Vale muito a pena tirar um tempo para escutar.

Das 21 canções da coletânea, algumas para mim se destacaram:

– Menção honrosa porque gosto muito das músicas vai para Toda forma de poder, com Anacrônica, e A Promessa, com Nevilton;

– A voz doce de Phillip Long combinou perfeitamente com Terra de Gigantes;

– Gostei bastante também da performance de Monocine para Refrão de Bolero;

– A versão só instrumental de Strobo para Infinita Highway é a mais experimental de toda a coletânea, eles foram os que mais ousaram, e merecem muito crédito por isso, mas não me agradou o resultado final, e como é uma das melhores músicas do Engenheiros, acabou sendo meio decepcionante. Pena;

– O mais inusitado ficou para a participação da cantora japonesa Tsubasa Imamura com Pra ser sincero. Tsubasa é conhecida por gostar da música brasileira, e tendo consciência da dificuldade que os japoneses em geral têm de aprender os idiomas ocidentais, a versão dela ficou muito boa; o trecho cantado em japonês e a participação de Airi Kitamura com o koto (instrumento de corda japonês) deram ainda mais personalidade;

– Na lista das músicas que ficaram mais diferentes e nas quais o artista mais colocou o seu toque entra a versão de Quartos de Hotel por BLANCAh;

– O especialíssimo pernambucano Lula Queiroga faz sua bela e ótima versão para Eu que não amo você (música que me apresentou ao Engenheiros);

– E finalizo com um encontro extremamente feliz: minha música preferida do Engenheiros do Hawaii, Dom Quixote, ficou com o supertalentoso Fernando Anitelli, do Teatro Mágico.

Confira aqui na imagem a lista completa:

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Para saber mais e conferir as músicas, é só acessar o site oficial (onde você pode fazer download do tributo inteiro) e a página no youtube.